Na Suécia, país conhecido por abraçar inovações tecnológicas, mais de 4 mil pessoas já adotaram um método radical de simplificar a rotina: implantes de microchip na mão. Do tamanho de um grão de arroz, esses dispositivos substituem chaves, cartões de acesso, bilhetes de transporte e até credenciais digitais com um simples gesto.
A tecnologia, impulsionada por empresas como a Biohax International, baseia-se em RFID passivo: o chip não possui bateria e é ativado por campos eletromagnéticos externos ao aproximar a mão de leitores específicos. Entre as aplicações já em uso no país estão:
- Acesso a escritórios e academias;
- Pagamento de passagens de trem e metrô;
- Compartilhamento de perfis do LinkedIn em eventos;
- Armazenamento de dados médicos de emergência.
A adoção massiva na Suécia é facilitada por uma cultura de confiança elevada em tecnologia e pela transição acelerada para uma sociedade sem dinheiro em espécie. Para muitos, a praticidade supera questionamentos iniciais sobre privacidade ou segurança.
Mas especialistas alertam:
- Dados armazenados no chip podem ser clonados ou rastreados sem consentimento;
- Ainda não há estudos de longo prazo sobre efeitos na saúde;
- Juridicamente, não está claro quem responde por violações ou falhas técnicas.
Apesar dos riscos, a tendência de biohacking avança na Europa e EUA, com empresas testando chips para autenticação em smartphones e computadores. No Brasil, a prática ainda é incipiente, mas desperta interesse em comunidades de tecnologia e segurança digital.
E você: encararia um implante para abandonar chaves e cartões?