Queda de hoje pode chegar 118 mil pontos no Ibovespa

Ibovespa

A forte queda do Ibovespa na manhã desta segunda-feira (19) pode ser apenas o início de um movimento de destruição de valor que o levaria até a região dos 118 mil pontos – ou pior. A avaliação é da equipe de analistas gráficos da Ágora Investimentos.

Como se sabe, o mercado abriu a semana com medo do avanço da variante Delta da Covid-19. Investidores de todo o mundo temem que a nova variante, que surgiu na Índia, mas já se espalhou para outros países, aborte a incipiente retomada econômica, agora que a vacinação em massa avança e as medidas de isolamento social se tornam mais flexíveis.

As principais bolsas do mundo refletem o temor e operam com quedas expressivas hoje. Por volta das 11h50 (horário de Brasília), a Bolsa de Londres recuava 2,70%; a de Paris perdia 3%; e a de Frankfurt, 2,94%. Wall Street também abriu em queda de 1%.

Já o Ibovespa operava em queda de 1,75% e marcava 123.751 pontos. Na máxima do dia, até agora, chegou aos 125.958 pontos. Na mínima, bateu nos 123.615.

Apertem os cintos

Infelizmente, a baixa registrada hoje pode ser apenas o começo. Maurício Camargo e Ernani Reis, da Ágora, afirmam que, se o Ibovespa perder o piso de 125.300 pontos, estará aberto o caminho para baixas ainda mais expressivas.

https://16170c0f6e5f3d94adda2be4d2283f5a.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html “A perda deste patamar abriria espaço para uma queda ainda mais forte do índice, que partiria em busca dos apoios antigos marcados em 118.800, 116.500 e 111.300 pontos”, explicam.

Para retomar a tendência de alta, o principal índice da B3 deve romper o teto dos 128.500 pontos. Se isso ocorrer, haveria espaço para uma valorização até os 131.190 pontos.

Como o índice é uma cesta com as ações mais negociadas na Bolsa, outro modo de avaliar sua capacidade de reação é analisar os prognósticos para seus principais papéis. E, por esse caminho, o cenário também não é animador.

Papéis sem piso

Vale é o papel com maior peso no Ibovespa. Na carteira teórica válida até agosto, sua participação é de 12,44%. Nesta manhã, o papel perdia 2,29% e era negociado a R$ 110,80.

O problema é que isso significa que a Vale já rompeu todos os pisos previstos pelo analista gráfico do Banco Safra, Cauê Pinheiro, que publica um relatório diário com os suportes e resistências dos principais papéis da Bolsa. O piso mais baixo apontado por ele para a Vale, na análise desta segunda, era de R$ 111,50.

As preferenciais da Petrobras, com peso de 5% no Ibovespa, não estão melhores. Os papéis recuavam 2,25% hoje cedo e eram cotados a R$ 26,08.

Com isso, já haviam rompido o primeiro piso previsto pelo Safra, de R$ 26,58, e se aproximavam dos R$ 25,91 do segundo suporte. Esse valor, aliás, chegou a ser ultrapassado, já que a mínima do dia, até agora, foi de R$ 25,86.

Fonte: Infomoney

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